sexta-feira, 30 de abril de 2010

Coca-Coca Brasil lança garrafa pet feita a partir do etanol

O site da Coca-Cola dá destaque ao lançamento da primeira garrafa pet produzida a partir do uso de resíduos vegetais – e não de petróleo. A PlantBottle é feita parcialmente de material de origem vegetal: o etanol da cana-de-açúcar substitui parte do petróleo como insumo na nova embalagem. Segundo a empresa, a embalagem reduz em até 25% as emissões de CO² e também sua dependência em relação aos recursos não-renováveis.

A nova garrafa chega ao mercado no Rio de Janeiro, São Paulo, Belo Horizonte, Curitiba, Recife e Porto Alegre, nas versões de 500 ml e 600 ml. A expectativa é que, este ano, a produção da nova embalagem resulte na redução do consumo de cinco mil barris de petróleo.

O Brasil é um dos primeiros mercados a optar pela PlantBottle e os demais países que a utilizarem adotarão o etanol brasileiro como insumo. Segundo a empresa, a cana-de-açúcar da PlantBottle provém de fornecedores auditados, que usam essencialmente a irrigação natural (chuva) e a colheita mecânica. No Brasil, 99,7% dos campos de cana-de-açúcar estão a pelo menos 2.000 km da Amazônia.

quinta-feira, 29 de abril de 2010

Prefeitura confirma Red Bull Air Race no Rio


A Prefeitura do Rio acaba de anunciar que montará um mega esquema para evitar que o Red Bull Air Race traga para a cidade os mesmos transtornos patrocinados pelo culto evangélico do último dia 21. O evento está confirmado para os dias 8 e 9 de maio, no Aterro do Flamengo. A Riotur vai dispor de 1.100 policiais militares, 412 banheiros químicos, cinco postos médicos, ambulâncias, tendas de informação, além de reboques para reprimir o estacionamento irregular. A prova de aviões é uma das etapas de uma competição mundial que envolve cidades como Barcelona, Berlim, Londres e São Francisco.

Três anos depois de levar mais de um milhão de pessoas à enseada de Botafogo, o Mundial de Corrida Aérea – o Red Bull Air Race - volta ao Rio de Janeiro com grande polêmica, após a realização de um culto evangélico que, praticamente, parou a zona sul – e também parte do centro – causando grandes transtornos em pleno feriado. Na ocasião, a Prefeitura admitiu falhas na organização e planejamento logístico.

Os competidores do Air Race voam contra o relógio em um circuito especialmente montado com “Air Gates”, pilões infláveis que demarcam o traçado. Na temporada 2010, o Rio receberá a terceira etapa da competição, que começou nos Emirados Árabes, nos dias 26 e 27 de março. Em seguida, foi a vez de Perth (Austrália), nos dias 17 e 18 de abril. Depois do Rio, a competição segue por Windsor (Canadá), Nova York (EUA), Lausitz (Alemanha), Budapeste (Hungria) e Lisboa (Portugal).

O piloto acrobata Adilson Kindlemann, de 36 anos, será o representante brasileiro na temporada 2010. O piloto comercial tem 11 mil horas de voo no currículo. Será a primeira vez na história da competição que um brasileiro fará parte da elite da categoria, formada por 15 pilotos. Criado em 2003, o Red Bull Air Race é o único campeonato mundial de corrida de aviões reconhecido pela FAI, a Federação Aeronáutica Internacional.

Coca-Cola e Big Mac são indicadores econômicos


O mercado de refrigerantes é um importante termômetro do comportamento do consumidor. No Brasil, a empresa Nielsen municia as fabricantes e também o mercado com dados sobre o volume do consumo de refrigerantes. Os africanos compram 36 bilhões de garrafas de Coca-Cola por ano. Como o preço por lá é muito baixo — cerca de US$ 0,20 a US$ 0,30 a garrafa e as vendas são minuciosamente analisadas pela empresa - o refrigerante é um dos principais indicadores de estabilidade e prosperidade daquele continente. Na África desde 1928, a Coca-Cola afirma que é a maior empregadora do setor privado no continente. O sistema de distribuição da empresa emprega cerca de um milhão de africanos. Um estudo da Universidade da Carolina do Sul revelou que 1% da economia da África do Sul está ligada à distribuição e venda do refrigerante.

Criado pela revista The Economist, em 1986, o índice Big Mac serve para mostrar quais moedas estão mais ou menos valorizadas. O curioso indicador – calculado em mais de cem países - é baseado na teoria da paridade de compra deste produto, o sanduíche que é o carro-chefe da rede de lanchonetes mais popular do mundo. Segundo os números, a moeda mais valorizada em relação ao dólar é o dólar norueguês. Na Noruega, o preço de um Big Mac é de US$ 7, contra os US$ 1,83 da economia chinesa - que trabalha com o desvalorizado yuan. Em Chicago, trabalha-se pouco mais de dez minutos para se comprar um Big Mac. Em Nairobi, para levar o sanduíche até o estômago é preciso trabalhar quase três horas, mais precisamente 160 minutos.

No Brasil, o produto custa U$ 3,70, mais caro que no Reino Unido, Estados Unidos e Japão. O princípio é que os procedimentos operacionais da cadeia de fast food são os mesmos em todos os países em operação, inclusive a margem de contribuição por produto.

quarta-feira, 28 de abril de 2010

CBF convoca seleção da Copa no dia 11 de maio

A foto acima é meramente ilustrativa...


Instituição que tem entre seus patrocinadores o Guaraná Antarctica, a CBF anuncia a convocação dos jogadores que irão disputar a Copa do Mundo 2010, na África do Sul. A lista dos selecionados será divulgada no dia 11 de maio, às 13 horas, no Hotel Windsor, no Rio. O anúncio será feito por Carlos Caetano Bledorn Verri. Este, para quem não sabe, é o nome do técnico Dunga.

O treinador revelará o nome dos 23 jogadores que viajarão no dia 26 de maio para Johanesburgo, cidade onde ficará hospedada a seleção durante a primeira fase do Mundial. Antes disso, no entanto, a delegação ficará alguns dias em Curitiba, entre os dias 21 e 26, onde serão feitos exames médicos e testes físicos no Centro de Treinamento do Atlético Paranaense, marcando o início da preparação para a disputa da Copa.

Após o anúncio da lista dos convocados, nos salões Alhambra I e II, Dunga, ao lado de seu auxiliar técnico Jorginho, dará uma coletiva de imprensa. O Hotel Windsor fica na Av. Lúcio Costa, 2.630, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

terça-feira, 27 de abril de 2010

Red Bull: a bebida que virou estilo de vida

Na foto: Dietrich Mateschitz vende 60 milhões de latas por ano no Brasil

Um “case” de marketing tão excêntrico quanto seu proprietário - Dietrich Mateschitz - faz o produto Red Bull vender cerca de 4 bilhões de unidades de latinhas azuis por ano e faturar perto de € 2,5 bilhões em todo o mundo. Estratégia de marketing da Red Bull é considerada um dos cases mais interessantes capaz de transformar uma bebida à base de taurina em um estilo de vida. Pra começar, a empresa tem apenas um produto (o energético em quatro versões: energy drink, sugar free, cola e energy shots) criado em 1984 e utilizou apenas um slogan em todo o planeta. Para cuidar exclusivamente do marketing, a Red Bull terceiriza a fabricação do produto – a cargo da indústria de sucos “Rauch”, na Áustria, país, como se sabe, sem saída para o mar.

A Red Bull começou a crescer quando foi adotada a estratégia de investir pouco em publicidade convencional e gastar os tubos para identificar a marca com esportes pra lá de radicais. Além disso, em nosso país, por exemplo, evitou-se associar o consumo do energético com bebidas alcoólicas – hábito tipicamente brasileiro - mas vender a imagem de um produto esportivo, ingerido em situações de grande vibração e energia. A estratégia deu certo. Hoje, a marca patrocina centenas de atletas e está identificada com esportes que requerem ação e adrenalina como a fórmula 1, desafios de montanha, motociclismo, esportes aéreos e aquáticos e bike parkour (algo como percorrer o mobiliário urbano de bicicleta) entre outros, além de gastar 35% de seu faturamento em ações de marketing.
Para o futuro, as asas as Red Bull (esse trocadilho era inevitável) estão apontadas para a África, Rússia, Índia e Japão. A despeito da crise econômica mundial que atingiu o planeta no ano passado, a empresa está em 160 países e emprega 6.900 pessoas. Dados consolidados de 2008 apontam crescimento de 43% no mercado asiático, 32% na França, 30% no Brasil e 18 % na Alemanha. No Brasil, são vendidas mais de 60 milhões de latas por ano. Mateschitz, de 65 anos, está na lista dos 200 mais ricos da revista americana Forbes. Nada mal...

sexta-feira, 23 de abril de 2010

Japonês bebe Pepsi sabor feijão


Se você acha que os refrigerantes de sabor peru e ervilha são a coisa mais estranha que existe, prepare-se para outra surpresa de virar o estômago. Já está nas prateleiras dos supermercados japoneses, desde outubro passado, a Pepsi Azuki, feita dos grãos deste tipo de feijão e açúcar.

O produto – exclusivo do mercado japonês - tem tom avermelhado, semelhante à cor do grão do feijão azuki. O novo sabor amplia a carteira de sabores exóticos da marca que inclui produtos como Pepsi White, Pepsi Green, Pepsi Shiso e Pepsi Blue Hawaii – que serão apresentados aqui oportunamente.

A pasta de grãos de feijão azuki é muito apreciada na culinária japonesa, principalmente na confecção de doces. O consumidor brasileiro pode encontrar alguns deles nas boas lojas de produtos japoneses espalhadas em nossas cidades. Na culinária baiana, o feijão fradinho também vira uma pasta – misturada com cebola, gengibre, alho e sal para a confecção do bolinho do acarajé. Infelizmente, este não é um blog de acarajé...

quarta-feira, 21 de abril de 2010

Bolívia lança refrigerante de folha de coca!!!

Na foto acima: O presidente Evo Morales apresenta folhas de coca


Com o objetivo de acabar com o estigma da folha de coca, o governo boliviano – por intermédio do Ministério do Desenvolvimento Rural - e a Organização Social para a Industrialização da Coca (Ospicoca) vão lançar uma bebida energética feita da mesma planta que dá origem à cocaína. Com rótulo vermelho e branco, a bebida vai se chamar “Coca-Colla” (assim mesmo, com dois “eles”). Não bastasse a polêmica por causa de sua matéria–prima, o produto ainda terá visual semelhante ao da marca líder do segmento de refrigerantes em todo mundo, a Coca-Cola. Tem gente em Atlanta que não vai gostar...

O novo produto foi lançado na semana passada, na versão de garrafa de 1,5 litro, nas cidades de La Paz, Santa Cruz e Cochabamba. Os mais interessados no primeiro lote de 30 mil garrafas foram os caminhoneiros – para se manterem acordados por longos períodos – enquanto dirigem. O presidente Evo Morales – que já foi líder de cooperativa de produtores da planta – é um entusiasta da “Coca-Colla”. Os fabricantes justificam a semelhança entre o nome do produto e a famosa marca: “coca é o nome da folha e “colla” é como são chamados os habitantes do oeste do país”. A folha de coca é classificada como substância entorpecente pela ONU e, ao mesmo tempo, considerada sagrada por boa parte da população boliviana.

Cerca de 80% da pasta de cocaína consumida no Brasil é originária da Bolívia, segundo a Polícia Federal.

terça-feira, 20 de abril de 2010

Quem diria, o papa também adora um “refri”


Incrível pensar que o papa Bento XVI, do alto dos seus 83 anos - feitos no último dia 16 - tenha preferência por uma marca de refrigerante. Mas o fato é que tem. Joseph Ratzinger, que completa hoje cinco anos como o líder máximo da Igreja católica, adora Fanta. A informação é creditada a um porta-voz do Vaticano. O que parece mera piada ou especulação faz todo o sentido, afinal, tanto a Fanta quanto Ratzinger nasceram na Alemanha. O produto, no sabor maçã, foi criado pelo químico alemão Schetelig e lançado naquele país em 1942 - em plena Segunda Guerra Mundial - como opção do fabricante às restrições da importação do xarope de Coca-Cola, importado dos Estados Unidos antes do conflito.

A marca Fanta (de Fantasie, em alemão) teria surgido quando o chefe de operações do fabricante pediu aos funcionários que usassem de imaginação para criar um nome forte para o produto. Hoje, a Fanta é vendida em 187 países, em 16 diferentes embalagens e cerca de 90 sabores – ananás, framboesa, limão, maracujá, morango com leite condensado, laranja e uva são alguns deles. O Brasil é o maior mercado de Fanta Laranja em todo o planeta.

A marca mundial é tão popular que acabou absorvida pelo próprio idioma em diversos países. Na Espanha, por exemplo, são chamados de “pagafantas” os rapazes que não passam do primeiro encontro com as garotas. Ficaram somente no refrigerante...

sábado, 17 de abril de 2010

Açaí no guaraná e Neymar na seleção

Na foto acima: Cesto de açaí ou, se preferir, cofo de juçara


A menos de dois meses para o início da Copa do Mundo – faltam 56 dias a partir de hoje – a patrocinadora oficial da Seleção Brasileira lança, ainda em abril, o que, segundo o release da Ambev, é “a mistura perfeita entre dois típicos frutos da Amazônia: o guaraná e o açaí”. O Guaraná Antarctica Açaí chega às gôndolas e geladeiras nas versões lata de 350 ml, pet de 500 ml e pet de dois litros.

O Guaraná Antarctica Açaí junta-se ao grupo em que já estão escalados o guaraná tradicional, o Guaraná Antarctica Zero, Guaraná Antarctica Ice e o Guarah. Segundo a Ambev, líder no segmento de bebidas no país, estão previstas diversas ações de PDV (pontos de venda), além de filmes para TV, anúncios, material para internet e mídia exterior apresentando o novo produto para o público.

Mudando de assunto: o blog recebeu a informação de um jornalista confiável que teria ouvido do assessor de imprensa da CBF, Rodrigo Paiva, a seguinte frase: ''...a má notícia é que o Dunga não vai falar hoje. E a boa, nós veremos no dia da convocação". O "Blog do Refri" aposta suas fichas em Neymar, do Santos.

sexta-feira, 16 de abril de 2010

Gosta de sabores diferentes? Que tal ervilha?

Se tiver estômago fraco...não leia!

Tem gosto pra tudo. Acaba de ser lançado em Seattle, nos Estados Unidos, um novo refrigerante com um sabor inusitado: ervilha. E não é brincadeira. A informação é da agência de notícias Reuters. A Jones Soda Company é uma empresa dedicada a estas esquisitices. Já lançou no mercado os sabores batata doce, peru, molho de carne (confira na foto) e peixe. Cada garrafa do novo produto custa US$ 10. Uma coisa é certa: se está à venda é porque tem gente que compra e, pior, bebe!

O CEO da Jones Soda – que tem 378 mil fãs no Facebook - não sabe dizer porque as pessoas compram tais produtos. Apesar de se vangloriar de ser o líder de mercado no sabor peru, Peter van Stolk não entende como os consumidores compram tais produtos que nem mesmo ele consegue engolir.

A Jones Soda comercializa sabores menos exóticos como cereja, laranja, lima-limão, morango com limão, framboesa e maçã verde.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

O segredo de Jesus – o refrigerante!

Um refrigerante que subverte todos os conceitos do marketing para se tornar líder de mercado em um único estado do país. Isso mesmo, o poderio de marca e de vendas da Coca-Cola em 26 estados brasileiros não foi capaz de desbancar um líquido cor de rosa que atende pelo nome de Guaraná Jesus. No estado do Maranhão, o tradicional refrigerante é o mais vendido. Produto que tem como base um xarope de especiarias que inclui o cravo e a canela em sua composição, o Guaraná Jesus é motivo de orgulho para os maranhenses de todas as idades.

O Guaraná Jesus é uma exceção à regra: contrariando os quatro “pês” do marketing. Ele se mantém absoluto em seu mercado de origem. O primeiro “P” seria a praça: parece incrível que um produto que sequer atinja o estado inteiro possa vender mais do que Coca-Cola, Antarctica, Pepsi etc. O segundo “P” seria o preço: sem a oferta de um mix de produtos – e sem lastro para reduzir seu valor no ponto de venda – é curioso que se mantenha líder depois de tantos anos. O terceiro “P” é o produto em si: características como a marca e o design, por exemplo, facilmente superáveis pelas grandes marcas internacionais. O quarto “P” é a promoção – uma vez que seria incapaz de fazer frente a uma estratégia de publicidade ou promoção de vendas de qualquer um de seus concorrentes seria suficiente para desbancá-la. Seria? Afinal, qual é o segredo de Jesus?

A resposta a tudo isso seria uma só: a tradição. Atribui-se o nome ao farmacêutico Jesus Norberto Gomes – há relatos de que era ateu - que teria criado o xarope acidentalmente em 1920. Tão secreta quanto a fórmula da Coca-Cola, a lista de ingredientes do “sonho cor de rosa das crianças” é também envolta em mistério. Extratos de guaraná, cafeína, teobromina e teofilina estaríam entre as 17 substâncias que dão sabor final ao produto. Dizem também que a animadora de televisão Xuxa Meneghel teria tentado comprar a marca para distribuir sua “Xuxa Cola” por todo o país. Mas a ideia teria esbarrado na negativa da família do criador – do refrigerante, claro. O produto acabou nas mãos da Coca-Cola – que mantém sua produção e distribuição.

Existem cerca de 50 comunidades no Orkut dedicadas ao refrigerante. São aproximadamente 30 mil seguidores. 98% por cento são adoradores do produto cor de rosa. Mas há também comunidades como “Guaraná Jesus? ECA!” o que comprova que nem mesmo Jesus é uma unanimidade...

quarta-feira, 14 de abril de 2010

Vem aí o sétimo Rock in Rio

Shakira, Muse, Santana, Snow Patrol, John Mayer, Miley Cyrus, Elton John, Megadeth, Motörhead e os brasileiros Martinho da Vila, Zeca Baleiro, Maria Rita, Tony Garrido e Ivete Sangalo estão entre o eclético grupos de artistas que vão participar da versão Lisboa 2010 do Rock in Rio. A Pepsi está entre os patrocinadores do evento que terá três palcos (Mundo, Eletrônico e Sunset) com apresentações simultâneas. As embalagens do refrigerante em terras lusitanas possibilitam o sorteio de ingressos. O evento acontece nos dias 21, 22, 27, 29 e 30 de maio.

Esta é a sétima edição do Rock in Rio - três aconteceram no Rio de Janeiro, outras três em Lisboa e uma em Madrid. As diferentes versões do evento já reuniram mais de 4 milhões de pessoas tendo sido transmitidas para mais de um bilhão de telespectadores em 70 países. Na edição de 2008, as mudanças climáticas foram o tema da festa. Até 2013, o empresário Roberto Medina – criador do projeto - pretende expandir o Rock in Rio para outros países: “2014 será o ano do maior desafio de todos, realizar o Rock in Rio em três países simultaneamente”.

sábado, 10 de abril de 2010

Deu no Bluebus

Coca Light tem nova embalagem na Europa desenhada por Karl Lagerfeld da Chanel.

Já começou o desfile de novas embalagens para a temporada primavera/verão aqui na Europa. É de Karl Lagerfeld, o designer de moda da Chanel, a garrafa de Coca-Cola Light em edição limitada - branca e com a silhueta do famoso estilista. No cartaz da campanha de publicidade, o preto e o branco, as suas cores preferidas. Chic, trés chic (notícia nos jornais portugueses online).

Nem tão doce mas com todo o gás


A disputa pelo mercado de refrigerantes

Claudio Carneiro
matéria publicada no site Opinião & Notícia em 28/04/2008

Todos os dias, concorrentes de um importante segmento da indústria travam uma batalha das mais ferozes. O mercado de bebidas não alcoólicas é disputado à unha por gigantes que buscam elevar o que consideram o baixo consumo per capita destes produtos no país, além da preferência do consumidor. Baixo consumo -- é bom que se diga -- na opinião dos fabricantes. Ou você acha pouco ingerir, a cada ano, 6,3kg só de açúcar proveniente daquelas garrafas e latas coloridas? O consumidor brasileiro empurra, goela abaixo, 66 litros de bebidas não alcoólicas por ano, segundo dados da Associação Brasileira das Indústrias de Refrigerantes e Bebidas Não-Alcoólicas (Abir), tornando o país o décimo segundo maior consumidor entre as nações do planeta.
Antes de continuar essa prosa, é melhor fazermos as apresentações. Entenda-se por bebida não alcoólica os refrigerantes, os chás, as águas minerais, os sucos, os energéticos e os isotônicos -- também conhecidos como hidroeletrolíticos. Como é comum a confusão de conceito entre estes dois últimos, vale dizer que os energéticos, com mais de 10% de carboidratos, agem graças a estimulantes -- como a cafeína, a taurina -- e são consumidos, geralmente, nas "baladas" e saídas noturnas. É o caso do Red Bull. Já os isotônicos, trazem potássio, sódio, magnésio e cálcio em suas fórmulas e têm como objetivo repor líquidos perdidos durante a atividade física. Um bom exemplo é o Gatorade.
No Brasil, o consumo médio é de 165ml de refrigerante por dia. São 68 calorias ou 17 gramas de açúcar. Parece ser muito, mas é quase nada, apenas 4% de nossa necessidade diária de 2000 calorias. É difícil abordar o tema sem citar o nome da Coca-Cola -- empresa que engole mais de 50% do mercado brasileiro -- o terceiro maior do mundo, atrás dos Estados Unidos e México. O fabricante mundial tem na própria marca seu ativo mais importante. No ranking anual da consultoria Millward Brown, divulgado dia 21 de abril, a Coca-Cola é a quarta marca mais valiosa do mundo -- US$ 58,2 bilhões -- e cresceu 17% em relação ao ano passado, ficando atrás de Google, GE e Microsoft.
Em âmbito mundial -- e também no Brasil -- a empresa promoveu uma renovação gráfica da marca. A nova aparência deixou mais vermelha a Coca-Cola "normal" -- que lidera o mercado brasileiro com 37,3% segundo a AC Nielsen --, mais preta a embalagem zero e mais prateada a embalagem light. Por seu turno, e com vistas ao mercado interno, a Companhia de Bebidas das Américas (Ambev) parte em direção das classes C e D e lança a embalagem de 3,3 litros do Guaraná Antarctica e da Pepsi que será vendida em datas especiais como o Natal e o Ano Novo. "Não haverá reação a esta iniciativa. Não baseamos nossa estratégia em resposta às ações da concorrência. A própria Coca, certa vez, lançou uma garrafa dourada de três litros. Mas abandonamos o projeto. As garrafas pigmentadas são mais difíceis de reciclar e causam prejuízos ambientais", afirma o diretor de marketing da Coca-Cola, Ricardo Fort.
Enquanto isso, a Coca ainda comemora a liderança no segmento sabor laranja: em 2007, a Fanta aumentou em 11% sua participação (6,4% atuais) no mercado brasileiro, que passou a consumir mais o refrigerante que os mercados alemão e norte-americano. A Pepsi aparece com 4,1% de participação.
No segmento guaraná, a Coca tem seu tendão de Aquiles: a Antarctica é líder absoluta com 5,7% e tem 750 mil pontos de venda consolidados no país. Nos anos 80, a Coca tentou abocanhar fatias do segmento com o Guaraná Taí, que acabou rebatizado, nos anos 90, como Guaraná Kuat. O ano 2000 marcou a morte do mais antigo dos guaranás, o da Brahma. Nascido em 1918, foi retirado do mercado para não concorrer com o líder, uma vez que Brahma e Antarctica são marcas da mesma Ambev. O "H2O" foi o lançamento mais bem sucedido da Pepsi, mas a empresa cometeu o equívoco de tratar o produto como água mineral. O Conar e o Ministério da Agricultura entraram em campo cobrando o reposicionamento publicitário e, até mesmo que, na gôndola, o "H2O" fosse afastado das outras águas minerais -- para não confundir o consumidor -- e posto ao lado dos demais refrigerantes, o que o produto efetivamente é.
Voltados para o público mais adulto e com menos de uma caloria por embalagem, os produtos "light" e "diet" vêm engordando sua participação no ranking dos refrigerantes. A Coca Zero, por exemplo, já tem uma fatia de 4% do total do bolo. No vácuo do gosto duvidoso da primeira versão da Coca Light, a Coca Zero marcou posição na pole position do segmento. A alteração da fórmula da Coca Light melhorou o sabor do produto, mas não seu prestígio no mercado, onde amarga 1,3% de participação no ranking brasileiro -- atrás do Guaraná Antarctica Light, com 1,4%, mas muito à frente da Pepsi Light, que tem 0,3% -- todos os dados de participação fornecidos pela AC Nielsen.
O mercado é muito disputado porque gera grandes lucros. Mas também desemprego. O presidente da Associação dos Fabricantes de Refrigerantes do Brasil (Afrebras), Fernando Rodrigues de Bairros, destaca que os principais fatores que levam ao crescente desemprego no setor são o oligopólio e os altos impostos cobrados aos fabricantes brasileiros. Segundo ele, as multinacionais têm isenções fiscais que as beneficiam ao mesmo tempo que prejudicam os fabricantes locais: "ou seja, o que ganha mais paga menos e o que ganha menos paga mais".
Para Bairros, a contribuição é injusta para os fabricantes brasileiros: "Nos últimos cinco anos, cerca de 66% dos produtores de refrigerantes nacionais deixaram de produzir, provocando a demissão de mais de 50.000 trabalhadores. Outro fator que também gerou desemprego nas pequenas fábricas do país foi a iniciativa da Ambev de produzir garrafas de vidro de 600 mililitros para a cerveja Skol, com personalização própria, utilizando recursos do BNDES".
Segundo ele, a iniciativa vai prejudicar os fabricantes de produtos mais populares -- e também os de cachaça -- que utilizam a garrafa âmbar e lisa há mais de cem anos. "Conforme prevê o art. 3º, inciso IV, da Lei nº. 1.521/51, "monopolizar matérias-primas, bens de capital ou gêneros de primeira necessidade com objetivo de provocar uma elevação nos preços, dominar o mercado ou eliminar concorrentes é crime contra a economia popular" e é exatamente isso que a Ambev pretende fazer", reclama Bairros.


Um pouco de história


A história dos refrigerantes no mundo começa nos Estados Unidos, no final do século 19. No Brasil, segundo a Abir, as primeiras tampinhas foram abertas no início do século 20, com a produção de sucos de frutas misturados com água gasosa. Em 1907, Brahma adquire a Teutônia, fabricante destes produtos. A Antarctica lançou a soda limonada em 1912 e o Guaraná Champagne em 1921. As grandes produtoras, Coca e Pepsi, chegaram na década de 40. A água mineral engarrafada é deste período. A produção de sucos prontos, principalmente de laranja, começou nos anos 50. Nos anos 80, chegou a vez dos chás e mates prontos para beber cuja venda foi impulsionada por novos hábitos do consumidor. Isotônicos e energéticos vieram atrás deste novo perfil.
O refrigerante mais consumido do mundo foi criado em 1886 como um xarope para curar dores de cabeça. O farmacêutico americano John Pemberton colocou seu elixir caramelado à venda por cinco centavos de dólar. Cerca de dez vidros da bebida eram comercializados por dia numa pequena farmácia de Atlanta. Hoje, no mesmo período, são consumidos 1,3 bilhão de copos do produto gaseificado. Já a Pepsi surgiu em 1893. A fórmula, à base de aromatizantes naturais compostos, água gaseificada, açúcar, cafeína, corante de caramelo, extrato de noz de cola e ácido fosfórico foi criada pelo farmacêutico Caleb Bradham para o tratamento da dispepsia, ou seja, indigestão.


A reciclagem de embalagens no setor


Um dos temas mais curiosos neste segmento é a reciclagem das embalagens, especialmente as de latinhas. Segundo informações de Associação Brasileira dos Fabricantes de Latas de Alta Reciclabilidade (Abralatas), enfileiradas, todas as latas de alumínio -- incluindo aí as de cerveja -- produzidas no país a cada ano (mais de onze bilhões), dariam 31 voltas ao redor da Terra.
O reaproveitamento das embalagens PET (Polietileno Tereftalato) pela indústria chega a 35% e cresce cerca de 20% por ano. Além do processo bottle to bottle, de reaproveitamento da garrafa usada para a fabricação de nova garrafa, o PET reciclado é utilizado também para fabricar roupas, cordas e alguns utensílios. Mas o preço do PET, R$ 0,60 o quilo, ainda não é tão competitivo quanto o do alumínio, de R$ 3,50 o quilo.
Felizmente, o Brasil recicla mais de 95% das latinhas que consome. A marca é recorde mundial desde 2000 entre os países em que esta atividade não é obrigatória. Cada tonelada de alumínio reciclado poupa a extração de cinco toneladas de bauxita. Poupança de recursos minerais e de energia: a reciclagem consome somente 5% da energia gasta para produzir o alumínio primário. "Com a reciclagem, poupa-se em riqueza natural e também em energia. O consumo para a produção do alumínio primário equivale aos gastos de energia de uma cidade como Campinas. Além disso, é a embalagem que gasta menos água para ser produzida, a que tem menor impacto ambiental e a de maior rentabilidade para o catador", afirma Renault Castro, diretor executivo da Abralatas.
Somente a coleta dá emprego a mais de 170 mil brasileiros. As demais atividades da cadeia -- transporte e recuperação -- envolvem mais de duas mil empresas. "Além da relevância social da atividade, existe a econômica, de criar esta alternativa de emprego e renda para uma mão-de-obra sem qualificação", destaca. Renault Castro lembra ainda que o alumínio vai para a reciclagem, mas não volta, necessariamente, como latinha: "Pode virar motor de automóvel ou até chapa para piso de ônibus", ressalta.